FAQ's - Sismologia
Porque é que se monitorizam os sismos?Normalmente são mencionados três motivos.
O primeiro está relacionado com a informação, em tempo útil, aos órgãos de proteção civil, às autoridades, aos meios de comunicação social e à população em geral sobre fenómenos sísmicos.
O envio de informação sísmica, em tempo útil, aos órgãos de proteção civil permite que estes possam iniciar as suas operações munidos de uma ante-visão simples, mas realística dos efeitos provocados pelo sismo em termos de vidas e bens. Assim podem ativar os meios necessários e adequados a uma célere resposta no terreno.
Nas primeiras horas após um forte evento são calculados cenários em simuladores sísmicos que, com base na informação sísmica inicial, permitem afinar as previsões relativas aos efeitos do evento sísmico.
O segundo está relacionado com a asserção do risco sísmico. O risco sísmico, nos seus termos mais simples, é a relação numa determinada área geográfica entre a perigosidade sísmica e a vulnerabilidade aos sismos. A perigosidade sísmica é aferida através da compilação de informação paleossísmica (a paleossismologia é um ramo da geologia), de informação sísmica histórica e de informação sísmica instrumental. Conhecendo a perigosidade sísmica que afeta uma zona é possível adaptar normas e códigos de construção apropriados a um nível de vulnerabilidade que se considere satisfatório. Esta é uma das principais medidas de prevenção do risco sísmico.
E o terceiro motivo, claro, está relacionado com a informação que é possível obter a partir dos sismos sobre a estrutura e dinâmica do interior da Terra.
(IPMA)